Divagações, citações, fotos, livros e viagens.
Amigos, família, planos, projetos, música.
Opinião, conversa pra jogar fora, vontade de escrever.

12.7.09

"assim que a vida"

A vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que lhe deixam sem fôlego.

(Uma homenagem a Joice, minha irmã, que soube viver)

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24.9.08

Tirar f�rias � um exerc�cio


Tudo bem, tudo bem... Eu tamb�m estava trabalhando enquanto viajava mas, num outro ritmo. Tivemos muitos momentos de "fazer nada", de aproveitar a paisagem e mais: de ter tempo para pensar. Essa foi a parte mais difícel. Conseguir me desligar das responsabilidades, dos planejamentos, do que ainda tenho a fazer.

Al�m disso, olhando para o mar da Praia Mole, em Floripa (nessa foto a� de cima), tive um bom tempo para fazer um balan�o do que foi e do que est� sendo o ano de 2008 pra mim. Eu n�o podia esquecer que talvez essa seja a �ltima viagem que possamos fazer durante um longo per�odo que vem pela frente � novos compromissos com tempos mais apertados estão chegando.

E durante esse momento que devia ser de relaxamento, fiquei tensa em muitos aspectos: tenho muitas coisas ainda n�o resolvidas dentro de mim e � minha volta. A luta pelo sucesso profissional e o reconhecimento quando se trabalha com a família me parece ter um peso triplicado e eu n�o ando feliz com meus resultados.

Durante esse tempo de contempla��o, pensei muito seriamente em virar a mesa e seguir outro rumo. Mas a responsabilidade de uma taurina como eu n�o me deixa abandonar as coisas sem acab�-las por inteiro.

Talvez essas coisas acabem comigo antes de terminarem se eu n�o tomar algumas atitudes. J� que n�o consigo relaxar nem com o mar esplendoroso � minha frente, com suas ondas sempre iguais e sempre diferentes, creio que seja hora de rever meus conceitos.

Pelo jeito, mesmo achando que n�o relaxei o suficiente, as f�rias foram b�rbaras, j� que me fizeram novamente enxergar as coisas pelo lado de fora.

E "vamo que vamo", que eu j� estou no pique total de novo!
Cabeça descansada (ou quase), cora��o a mil!

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4.8.08

Saudades

Sinto falta de escrever aqui � isso � praticamente um v�cio.
Mas, n�o encontro assunto, n�o ando tendo conte�do.

Acho que � tanta coisa na minha cabeça, tanta coisa acontecendo "tudo, ao mesmo tempo, agora" e ainda uma estafa absurda que me fazem calar.

Mas eu continuo amando este blog.
Prometo que volto!
(E aposto que vai ser logo!)

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31.7.08

Exigência fisiol�gica

Uma pseudo crise de labirintite me faz diminuir o ritmo.

Estranho como o corpo exige aten��o bruscamente quando vocé n�o presta aten��o nos sinais de stress...

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29.6.08

As coisas pelas quais temos que passar

Ultimamente estou tentando ter uma outra postura em rela��o aos acontecimentos � minha volta. Tem gente que me considera ap�tica, tem gente que me considera conformista e, pior de tudo, tem gente que me considera ego�sta. Eu me considero prítica.

Venho passando por desafios maiores do que o imagin�vel. Nunca imaginei que me decepcionaria com pessoas que sempre confiei e considerei essenciais na minha vida. Depois desses �tapas na cara� que andei levando, quase desisti de tudo. Mas pensei bastante nas possibilidades e al�m de achar que se abandonasse todos os meus projetos eu seria uma fraca, tamb�m achei que seria muito mais ego�smo agir assim, do que continuar, mesmo nadando contra a corrente da maioria.

� difícel de explicar e mais ainda de perceber as coisas que na verdade s�o claras como �gua. Venho assistindo �s coisas de um novo �ngulo: resolvi pensar mais em mim e me envolver menos. N�o quero mais ser a fortaleza de ningu�m e muitas vezes me sinto mal por isso, porque gosto de ajudar, porque gosto de me matar pelos outros � e isso � sincero. Mas o que recebo de volta � sempre crítica e v�rios n�os. Sempre.

Meu pai precisou passar por uma outra cirurgia por causa de uma pr�tese que colocou na perna, há quase dois anos. A li��o que eu levo de um acontecimento desses �: ningu�m sabe pelo que tem que passar para aprender o que tem que aprender. Mais humilde, sabendo que depende de outros, meu pai mudou depois dessa �ltima �aventura� no hospital. Bem diferente de quando sofreu o acidente há dois anos atr�s, que o levou a colocar essa pr�tese. Ele conseguiu reconhecer suas fraquezas sem desmerecer ningu�m que estava prôximo a ele, lhe dando a m�o. Ser� que n�o era isso que ele tinha que ter aprendido há dois anos atr�s? Eu n�o sei... Mas me pego pensando a respeito.

Tenho v�rios outros exemplos muito prôximos de mim que me levam a pensar a mesma coisa. As pessoas n�o sabem o que têm que passar para aprenderem o que devem aprender. Se vocé n�o aprende por bem, vai ser por mal. Pode ter certeza.

Tenho medo disso. Acho que estou aprendendo por mal muita coisa que deveria aprender por bem. Ao mesmo tempo, me sinto t�o injusti�ada que tenho medo do que as pessoas que vêm me fazendo t�o mal emocionalmente, ter�o que passar para entenderem que o que eu fa�o realmente � pensando no bem � sendo muito honesta sempre e justa acima de tudo.

A gente n�o sabe o que tem que passar nessa vida. Mas eu digo que culturas enraizadas s�o muito dif�ceis de mudar. Sentimentos conflituosos em rela��o a alguém que se sobressai s�o horr�veis de se lidar (principalmente quando vocé � a pessoa do foco de toda a discuss�o). E eu ainda n�o descobri por que tenho que passar por tudo isso...

Maaaas, nessa bagun�a toda � sentimental, profissional e principalmente familiar �, novos projetos vêm surgindo. Algo mais leve, mas que vai tomar praticamente todo o meu tempo (e isso é bom pra n�o ter tempo de pensar demais em coisas pequenas). E eu e o Marcelo tentamos abrir mais uma porta de possibilidades pra gente. Em breve not�cias oficiais a respeito.

Desculpem-me o sumi�o. ADORO escrever nesse blog. ADORO ter not�cias de minhas amigas. ADORO poder confiar em v�rias pessoas de verdade. Mas, n�o estou tendo tempo. Provavelmente aparecerei mais aos fins de semana e s� pe�o pra quem gosta de mim, pra que tor�a de verdade pelas minhas causas. Quem n�o gosta, fa�a como quiser � porque com certeza eu vou passar pelo que tiver que passar.

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3.3.08

Feminista, sempre!

Conto de Fadas para meninas do S�culo 21, �s v�speras do Dia Internacional da Mulher.

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecol�gicas, se deparou com uma r�.

Ent�o, a r� pulou para o seu colo e disse:
� Linda princesa, eu j� fui um pr�ncipe muito bonito. Uma bruxa m� lan�ou-me um encanto e eu transformei-me nesta r� asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo pr�ncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha m�e poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viver�amos felizes para sempre...

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de r� � saut�e, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um fin�ssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: "Nem Fudendo"...

Lu�s Fernando Ver�ssimo

(Recebi por email e disseram que � de autoria de Ver�ssimo. Repasso mas n�o confirmo.)

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29.1.08

Hoje � Dia do Jornalista

Considero a profiss�o de jornalista interessant�ssima e linda! E foi assim que, depois de ter estudado publicidade, acabei por fazer a faculdade de jornalismo tamb�m. Comunica��o no seu sentido mais amplo: saber ouvir, saber contar uma história, saber usar as palavras do seu idioma. Ler e escrever com prazer.

Tem gente que tem esse dom desde sempre. Por gostarem de ler, por terem tido uma boa educa��o tanto na escola quanto em casa, por terem sido incentivados a pensar e ter opini�o, tem muito jornalista que n�o precisa de diploma pra se auto-intitular como tal.

Eu admiro quem tomou essa linha como profiss�o: saber comunicar � uma coisa que se aprende todos os dias. E mais do que isso: as informa��es s�o consideradas importantes ou n�o por esses formadores de opini�o. S�o eles que acabam decidindo qual ser� a prôxima discuss�o na mesa de um bar.

Muito poder nas mãos de poucos escolhidos.
Jornalista tem aos montes mas, profissionais mesmo, com �tica e tudo que se deve ser para exercer o poder da escolha, s�o poucos. E � para estes que dou meus parab�ns no Dia do Jornalista!

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22.1.08

T� difícel de novo...

"Nunca olho para o que j� foi feito, mas para o que est� por fazer."
Marie Curie (1867-1934), Pol�nia

Olha... Se eu seguir esse conselho, provavelmente desista de tudo. Se eu n�o olhar para tr�s e vir que fizemos algumas mudan�as e que trouxemos alguns resultados para a nossa empresa, vou desanimar. Porque quando olho pra frente, vejo o tanto que ainda precisa ser feito e como a luta ainda tem que ser muito ferrenha para mudar conceitos de cabeças-duras, que n�o entendem que o novo deve ser aceito.

Estamos numa encruzilhada: seria muito triste desistir de tudo e deixar pra tr�s tudo que conquistamos at� agora � o que, �s vezes, � muito difícel de medir. Mas n�o est� sendo nem um pouco fácil n�o conseguir enxergar um futuro muito diferente do que temos hoje � muita discuss�o e pouca a��o. Ter que arrega�ar as mangas e fazer TUDO est� mais do que cansativo. Chega a ser estafante...

Esta novela est� longe de ter um fim. Mas talvez ela tome outros rumos logo.

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9.1.08

Historinha mal contada

Estou achando essa história do roubo das obras de arte do Masp beeeeem suspeita. Vou explicar: n�o � de hoje, nem do m�s passado mas, há quase um ano, que venho ouvindo e lendo a respeito das dificuldades que o museu vem passando. D�vidas acumuladas, pouca visita��o, nenhuma ajuda do governo, �nfimas divulga��es, mostras mal elaboradas. Vi gente fazendo campanha para revigorar o tal museu (que eu adoro), discuss�es acaloradas sobre estatiz�-lo, críticas duras a seus curadores anteriores. Enfim... Muita discuss�o e pouca a��o.

A�, no m�s passado acontece todo esse furd�ncio e o furto de duas obras de arte importantes do acervo do museu, que n�o tinha nenhum tipo de sistema de segurança, que n�o tinha nem mesmo funcion�rios na hora do roubo. O Retrato de Suzanne Bloch, de Picasso e O Lavrador de Caf� (acima), de Portinari, foram levados facilmente. Uma vergonha e muita m�dia.

E vocé sabe bem como a nossa pol�cia � eficaz, como nossos investigadores demonstram resultados r�pidos e n�o perderm uma pista. E agora, menos de um m�s depois de terem sido roubados � 19 dias, pra ser exata �, os quadros s�o encontrados sem nenhum arranháo, depois de pedidos de resgate, � claro.

N�o sei n�o... Tire suas próprias conclus�es, leia a historinha aqui e depois me diga se n�o foi muito oportuno todo esse bl�-bl�-bl� sobre o roubo. Pra mim, a� tem "jeitinho brasileiro" de chamar a aten��o pra um outro problema do museu: a falta de dinheiro e a necessidade de ajuda externa.

Se eu fosse consultora financeira, daria a solu��o: venda uma ou duas obras de arte, pague as contas e se refa�a. N�o estou sendo radical � o neg�cio � ser pr�tico. Antes "perder" alguns quadros do que todos.

Mais do que nunca, o ditado "A ocasi�o faz o ladr�o" faz muito sentido...

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12.12.07

Transitando

O tr�nsito de São Paulo est� um caos hoje.
E eu acabo de arrumar minhas coisinha pra ir pra l�.
P� na estrada porque hoje vai ser demorado.... ;)

Fui!

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11.12.07

Good morning!

NOTHING WAKES YOU UP AS NESCAF�
(Pe�a criada pela agência McCann Erickson, do Chile)

Ter�a-feira � naturalmente o meu dia de maior pregui�a: sempre demoro pra engrenar e antes disso, j� tomei v���rias x�caras de caf�...

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9.12.07

Nenhuma inspira��o

Muitos pensamentos.
Muitas vontades.
Pessoas ressurgindo e tamb�m surgindo.
Cabeça borbulhando.

Saudades.
Esperan�as para o novo.
Ang�stia pelo que vir�.
Medo do que foi.

E NENHUMA ID�IA de como colocar isso em palavras.
Seria o clima de fim de ano?
Contagem regressiva e tamb�m balan�o geral?
N�o sei... T� difícel de entender.

Boa semana e boa sorte pra nós!

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28.11.07

S� para constar

Ressaca e mau-humor, infelizmente, combinam.
Hoje eu estou uma bruxa de chatice.
Amanhã, se eu sobreviver, eu volto!

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21.11.07

Sem fim

Passei o "pseudo" feriado de ontem tentando escolher dentre as 4.683 fotos da Europa quais ser�o reveladas � a meta era escolher 400 fotos. Mas, at� agora, consegui ver somente 2.000 fotos (porque eu tinha que trabalhar tamb�m) e destas, j� separei 800 pra revelar.

Vou ter que fazer uma nova sele��o....
Ser� que consigo escolher menos de 1.000, ao todo?

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6.11.07

Problema

O blogger resolveu n�o funcionar com ftp. N�o sei o que fizeram mas, n�o consigo fazer upload de imagens para os textos e nem ao menos publicar os textos, esteja como estiverem � sem imagens.

Portanto, vou postando e n�o publicando � porque o blogger n�o deixa. Juro que estou tentando!

Quando ele resolver voltar para o seu bom-humor habitual, acabo de colocar as fotas e publico tudo de uma vez!

� triste mas, o que era pra ser texto novo vai parecer velho...
Estou frustrada!

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6.9.07

27,7 milháes

� muito ego�smo: o cara faz um jogo da Mega Sena pra ele e outro pro funcion�rio. A�, combinam de dividir o pr�mio se um dos dois ganhar. Notem bem: eram 54 milháes de reais.

Os números do funcion�rio s�o os sorteados. O cara, ao inv�s de dividir 27,7 milháes (Os outros 27,7 milháes foram pra outro bilhete premiado, dividido entre TREZE ganhadores - sem problema algum. De qualquer maneira, cada um levou 2,1 milháes de reais!), resolve "ingrupir" o coitado e dizer que foi o bilhete da família que foi o premiado.

Ah, gente! Tenha d�, n�!? Se fosse um milháozinho s�, eu at� falava menos. Mas s�o 27,7 milháes!! Vou te dizer onde esse cara deve estar querendo ENFIAR tanto dinheiro!

Eu � que vou jogar de novo! Quem sabe a sorte me ajuda? ;)

Leia aqui a lenga-lenga.

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10.8.07

Ridiculamente multada

Sem detalhes: n�o ando numa boa mar� de direção. J� fui multada por excesso de velocidade (máxima 70 km/h � eu estava a 78 km/h); por falar no celular (essa faz tempo: nunca mais atendo dirigindo); por excesso de velocidade na estrada (essa foi merecida). Enfim...

Mas a pior aconteceu ontem: com QUATRO guardas policiais andando com suas motocas na avenida, ao meu lado, eu passei no sinal vermelho. Isso foi o que disseram � pra mim, no máximo o sinal estava laranja. N�o sou retardada, n�!? Maaas, eu j� tinha tomado umas, estava na maior conversa com a Carol, sentada no banco de tr�s e realmente, n�o sabia como poderia me defender. Vou brigar com quatro marmanjos armados?

Eles me "pegaram" no outro sem�foro � vermelho que, claro, eu parei. Seria estupidez, distra��o ou sacanagem?

Bem... Voltei pra casa bem murchinha e com uma multa grav�ssima na carteira. Realmente: quem anda muito, leva multa. Mas essa foi EXTREMAMENTE rid�cula. Magoei...

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2.7.07

Um domingo difícel

Come�o a acreditar que sou m�. Sem dramas e exageros, a pura realidade.

O caso � que odeio recado e odeio �ouvir atr�s da porta�. Porque a partir desse momento, fico sabendo a opini�o de quem est� do outro lado, de quem eu tenho desaven�as. E assim, come�o a procurar as respostas para os motivos que me levaram a tomar uma postura diferente daquela esperada por tal pessoa �do outro lado� da história. Eu sofro antecipadamente a uma discuss�o, que possa vir a acontecer.

Porque quero ter argumentos quando e se essa pessoa quiser as respostas. Porque quero explicar por que acho que estou agindo da maneira correta. Normalmente, eu acho e pronto. Mas sem ter que dar explica��es. Quando penso nelas antes mesmo de serem necess�rias, fa�o uma bagun�a na minha cabeça, come�o a enxergar as coisas pela vis�o do outro e me acho m�... Eu sei explicar muito bem para um amigo, pra vocé, as minhas raz�es, mas, me enrolo toda se tiver que explicar a raz�o para quem me feriu.

Acho que sou m� porque vejo que o que disser vai machucar muito e ao mesmo tempo, o que ouvir talvez n�o seja o que quero ouvir. Covardia. Sou t�o forte e t�o covarde. Vejo os motivos como uma pessoa de fora e creio que tenho e posso muito mais do que deveria, que tinha que ser mais flex�vel e enxergar as coisas de uma maneira mais male�vel.

N�o sei... O pior � que nunca vou falar o que tenho pra falar. Eu sempre assumo a culpa. Prefiro ouvir e n�o magoar ningu�m. Prefiro acreditar que EU poderia ter sido diferente � mas sei que, de qualquer maneira, minha postura n�o vai mudar, meu sentimento n�o vai mudar e nunca mais (talvez isso seja um pouco forte � espero) vou conseguir ser como j� fui um dia: mais espont�nea, menos exigente, sem enxergar al�m das evidências e brigas cotidianas que qualquer um tem.

Sou covarde, al�m de tudo, por preferir n�o explicar � porque explicar vai trazer � tona mais m�goas do que o necess�rio. Porque explicar talvez me coloque no lugar de v�tima, e mesmo assim consigam virar o jogo � e eu n�o quero nenhuma das duas op��es. Porque mexer com dores antigas s� vai reascender brasas j� amansadas com o tempo.

Por favor, n�o me mande recado; n�o me fa�a ouvir �sem querer� suas m�goas. Se tiver que falar algo, venha e fale na hora. Assim, n�o tenho tempo para remoer e deixar me corroer a ansiedade de dar explica��es. Na hora, n�o tenho como fugir de vocé e de suas verdades. Mandando recado, me retraio e me confundo com as palavras � peso demais pr�s e contras para dizer a minha verdade e me escondo de vocé o máximo que puder.

N�o � a primeira vez que isso me acontece. A ang�stia mais uma vez me faz sofrer e mais uma vez eu digo: sou fraca para essas emo��es com hora marcada.

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12.6.07

Aconteceu

A saga de um neg�cio quase mal feito

Na �ltima de abril, recebemos um contato de um comprador de Benin, pa�s da �frica do Sul, interessadêssimo em nosso produto: a Cachaça Gabriela. Seu primeiro pedido era de dois containeres de 40�� � o que significa cerca 28.000 garrafas, em cada um deles. Eu, muito p� no cháo e conhecedora de nossa realidade (sabia que �ramos eu e Marcelo que ter�amos que preparar MANUALMENTE essas garrafas), afirmei ao pseudo-comprador que, dentro de 45 dias, poderia entregar a ele somente um container de 20�� (14.112 garrafas de 700ml, para ser mais exata). E logo em seguida, ele poderia fazer outro pedido, se fosse de seu interesse.

Ele aceitou todas as nossas exigências: faria o pagamento antecipado, ou seja, antes de a mercadoria sair da f�brica e ir para o porto de Santos e ainda fez a compra das mercadorias com pre�o FOB, o que significa que nossa responsabilidade na entrega iria at� o porto de Santos. A travessia at� a �frica seria de total responsabilidade dele. A venda perfeita.

Enviamos as amostras (nossos custos) para que ele conhecesse o produto. Depois, enviamos o documento (nossos custos) para que pudesse fazer a transferência de dinheiro. Enquanto isso, muito trabalho, muita correria, estafas constantes: engarrafamos cachaça, encomendamos r�tulos em ingl�s, enviamos os r�tulos alterados para o Ministório da Agricultura, continuamos com nossos contatos com representantes aqui do Brasil. O que significa: abra�amos o mundo! Al�m de fazermos o trabalho bra�al, continuamos todo o trabalho no escrit�rio.

Eu e Marcelo podemos dizer que pusemos as mãos em todas as garrafas. Meus pais e principalmente meu irm�o, colocaram a m�o na massa. N�o tinha como fazermos tudo e entregar a �encomenda� no prazo � o que sempre me deixa ansios�ssima! Trabalhamos das 7h �s 22h todos os dias, inclusive finais de semana e feriado, enquanto esper�vamos o pagamento chegar � conta da empresa (recebimento em d�lar, de outro pa�s, � demorado).

E ent�o, a surpresa: para que o dinheiro fosse liberado l� na �frica, t�nhamos de ter um documento que o Ministório das Finan�as de Benin deveria nos repassar, comprovando que n�o somos terroristas e que a negocia��o n�o era lavagem de dinheiro. Ok, pensando em todas as garrafas que ainda t�nhamos para rotular, sentei na frente do computador e comecei a conversar com uma advogada que faria os tr�mites para nós l�. Ou seja, uma africana, registrada no Ministório deles, comprovando ser profissional da �rea.

A melhor parte est� por vir: preenchi documentos para fazer o pedido do tal documento e enviei para ela. Mas, faltava um pequeno detalhe: EU, minha empresa, teria que enviar dinheiro pra l�, para que comprovasse minha idoneidade. E o melhor: a advogada n�o me passou o número de sua conta, ela somente me pediu para fazer uma transferência e enviar o número desta para que ela pudesse retirar o dinheiro. O que significa que eu nunca saberia onde encontr�-la depois disso.

Pensamos todos juntos, sugeri pagarmos e ver no que ia dar. A�, fomos at� o Banco do Brasil, que tem assessoria para Com�rcio Exterior e começamos a fazer pesquisas: o banco n�o existe, o documento n�o � exigido, talvez at� mesmo o comprador n�o exista. E eu, que fazia planos para a bolada que receber�amos, frustrei. Mas ao mesmo tempo, vi o lado Pollyanna: ainda bem que desconfiamos, ainda bem que buscamos mais informa��es, ainda bem que tentamos e ainda bem que todas as garrafas continuam aqui.

Quantos n�o devem cair no �conto do vig�rio�? De qualquer maneira, me senti p�ssima por ter trabalhado tanto neste �ltimo m�s, carregando caixa, fazendo força e pensando que tenho instru��o para muito mais do que isso. � come�o de neg�cio, eu sei, mas tem coisa que � muito difícel de engolir, viu!?

I will survive. E, maybe, a inspira��o para escrever volte com o tempo�

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23.5.07

Uma cambada de le�es por dia

Tem gente que diz que mata um le�o por dia. Eu ando matando uma dezena.

S�o v�rios os motivos, mas o principal � o desconforto de uma maioria machista ver uma mulher resolvendo, questionando, mandando, fazendo o trabalho de mais de um homem.

Trabalho na fazenda, no escrit�rio, cuidando de toda a burocracia, falando com fornecedores e compradores, prospectando clientes, exigindo respostas e sendo simp�tica com quem devo ser para um melhor relacionamento. Nesse sentido, n�o há problema: mulher pode cuidar desses afazeres � mesmo eu sendo mais dura do que muito homem em v�rios aspectos. Eu fico em cima, eu quero resultado, eu respondo todas as exigências que me s�o pedidas no tempo mais r�pido poss�vel. Minha cabeça est� a mil o tempo todo.

E trabalho na fazenda, tamb�m no engenho, na ind�stria. Ali, as coisas s�o mais complicadas e mais simples. Mais complicadas porque n�o � todo mundo que aceita quando eu digo �tem que ser feito assim�. Existe uma cultura aqui de que todo mundo (diga-se todos os homens, � claro) tem que fazer uma rodinha e ficar discutindo qual a melhor maneira de se fazer uma reforma aqui, um servi�o ali, uma melhoria acol�. At� a�, nada contra. Mas o problema � que cada um tem uma opini�o, ningu�m chega a um consenso e fica pra �resolver mais tarde�. Eu n�o: eu discuto, pergunto como pode ser, o que seria melhor (porque sou leiga em muitas coisas) e mando fazer (sim, estou começando aprender a mandar � e nesse sentido � mais simples, porque eu mando e acabou � mas sem deixar de p�r a m�o na massa junto com os pe�es que fazem a parte pesada do neg�cio).

O mais difícel � ver que o apoio que vocé esperava em muitos aspectos n�o acontecem: na minha opini�o, meu pai n�o aceita muito bem eu ter tomado a frente das coisas e n�o meu irm�o. Ele est� orgulhoso, eu sei disso, mas ainda, com certeza, tem a mentalidade dos prim�rdios da vida. Meus irmãos n�o querem sair da zona de conforto: as meninas têm sua vida fora daqui, meu irm�o ajuda somente quando muito necess�rio (e quando ajuda, ajuda muito. N�o posso negar).

Muitas vezes, me sinto no limbo: fora da realidade da maioria das pessoas que tem suas vidinhas regradas, seu trabalho com hora pra começar e terminar. E tenho que agradecer mil vezes pelo Marcelo estar ao meu lado. � ele quem me coloca pilha, me p�e pra frente, me incentiva, me faz ver que o que estamos fazendo � o certo. Mais do que meu namorado, meu amigo de trabalho, meu parceiro, meu bra�o direito. O cara que n�o deixa ningu�m ser machista perto dele � porque sempre deixa muito claro que quem manda aqui sou eu (mesmo, muitas vezes, sabendo muito mais do que eu sobre muitas coisas).

Como ele disse ontem, est� difícel ter que �quebrar todos os gravetos no peito�. Sim, gravetos. Porque tudo vira tempestade por aqui: todas as mudan�as e altera��es s�o questionadas. Ningu�m v� as melhorias porque n�o quer dar o bra�o a torcer.

Mas a gente continua na batalha. E mais difícel do que vender a cachaça, faz�-la conhecida e reconhecida pela sua qualidade, est� sendo perceber que estamos sozinhos nessa luta. At� dar dinheiro, porque quando der lucro, com certeza todo mundo vai querer sua parte...

Os le�es continuam caindo. Um a um. Aos montes, todos os dias.
E sempre estamos mais fortes e mais preparados para o prôximo embate.
Porque mudar conceitos � quase uma guerra.

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8.5.07

Dez coisas para refletir

"Dez coisas que aprendi com o passar tempo. Dez coisas que levei anos para aprender "
(Por Lu�s Fernando Ver�ssimo)

1. Uma pessoa que � boa com vocé, mas grosseira com o gar�om, n�o pode ser uma boa pessoa. (Esta � muito importante. Preste aten��o. Nunca falha.)
2. As pessoas que querem compartilhar as vis�es religiosas delas com vocé, quase nunca querem que vocé compartilhe as suas com elas.
3. Ningu�m liga se vocé n�o sabe dan�ar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo � a fofoca.
5. N�o confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstências, tome um rem�dio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se vocé tivesse que identificar, em uma palavra, a raz�o pela qual a ra�a humana ainda n�o atingiu (e nunca atingir�) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuni�es".
8. H� uma linha muito t�nue entre "hobby" e "doença mental".
9. Seus amigos de verdade amam vocé de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solit�rio construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

(Recebi pelo Orkut. Concordo em g�nero, número e grau com tudo que ele levou tempos para aprender - na verdade, acho que levou tempo para assimilar, j� que a gente sabe de tudo isso mesmo sem saber ou querer saber...)

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23.4.07

Saia Justa, de Salto Agulha e sem vergonha

A Karina, minha grande amiga do Salto Agulha, assistiu ao programa Saia Justa no sábado e acabou por ME colocar numa saia justa: escreveu um texto fenomenal (o que � normal, � claro) e colocou todo mundo a discutir sobre o que temos ou n�o vergonha � mas, falar sobre isso d� vergonha!

Desafio: assumir seus medos e inseguranças d� vergonha; escrever aqui pra todo mundo ler tamb�m d� muita vergonha. Mas n�o há o menor pudor da gente em elogiar, em querer bem. E, por muito amor que sinto por essa linda pessoa que � essa loira, vou assumir minhas pequenas vergonhas e minhas faltas de vergonhas:

Morro de vergonha:
- Da minha falta de coragem, muitas vezes, de tomar certas atitudes, de falar o que venho ruminando há tempos;
- Quando sou grosseira com alguém indevidamente e s� percebo depois que j� fiz;
- De �sapatear� (ter um monte de coisas pra fazer e n�o conseguir sair do lugar, �s vezes);
- De colocar biqu�ni;
- De cair (sou mestra!);
- De quando escrevo sobre sentimentos (mas estou tentando passar por isso!);
- De ser elogiada;
- Dos meus foras fenomenais...
(par�nteses de s� um deles: na semana passada, dei um fora de matar de vergonha � como trabalho em casa, um cara veio conversar com meu pai e o jardineiro veio me avisar. Eu disse a ele: �diga que meu pai n�o est� � e n�o estava mesmo � e nem pense em falar que eu estou aqui!� � sen�o, o cara ia querer conversar comigo, em pleno hor�rio de almo�o. S� que, na hora que eu estava falando tudo isso para o jardineiro, que � meio surdo � ou seja, eu falava em alto e bom som �, o cara j� estava chegando na porta da minha casa, onde eu estava. Me ouviu!!! Sa� correndo pra dentro de casa e n�o sa� de l� at� a hora que ele foi embora! O pior � que nesse meio tempo, meu pai chegou e o convidou pra entrar e conversaram durante horas... � Eu quis MORRER de vergonha!!! � esse � s� um deles, viu!?)
- Ih! Tem tanta coisa...

N�o tenho a menor vergonha:
- De sorrir pra todo mundo;
- De pedir pra me explicarem o que eu n�o sei;
- De trabalhar (desde o bra�al at� o intelectual � na verdade, tenho muito orgulho!);
- De assumir meu lado perua, quando d�.
- Ih! Tamb�m tem tanta coisa... Mas acho que j� d� pra ter uma id�ia!

* Key, querida!
Que desafio, hein!?
O mais difícel � parar a lista! ;)
Um beijo!*

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15.4.07

Pe�a, acredite, receba

"Hos successus alit: possunt, quia posse videntur."
Do latim, "O sucesso encoraja-os: eles podem porque pensam que podem."
Cita��o de Eneida, de Virg�lio. Ou seja, o sucesso traz sucesso. (Tirei do livro que estou lendo agora: O C�dex 632)

A capa da revista Veja há umas semanas atr�s tinha o mesmo t�tulo que o deste post. O assunto � esse mesmo: pensamento positivo pode fazer milagre, se vocé acreditar.

A� hoje, at� que enfim, revelei minhas fotos e aconteceu uma coisa que há muito n�o acontecia: me achei bonita nas fotos (ultimamente nem queria sair nelas). E descobri porqu�: porque eu estou acreditando em mim, porque eu me vejo como uma pessoa que est� se realizando, porque eu me vejo como uma pessoa capaz. Realmente, a tempestade passou: eu estou muito bem como estou! (E amanhã vou escanear as fotos e contar suas histórias!)

Ou seja, a gente faz o que acredita poder fazer. E quanto mais fizer, mais coisas ser� capaz de fazer! Eu acredito e estou vendo acontecer!

Pense nisso e tenha uma �tima semana!

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Estou fora do peso ideal faz tempo!

Num domingo � toa, de muita pregui�a, estou aqui, dando uma voltinhas nos sites de not�cias pra ficar "por dentro" de alguma coisa. Da�, encontro essa mat�ria que � a real pra mim: "Gordinhos sofrem para encontrar roupa da moda".

� isso mesmo. Gordinha n�o tem vez! Eu gosto de ser fashion mas, ADORO comer bem, tomar minha cervejinha, sem culpa e sem neura � e depois fico sofrendo pra encontrar uma roupa legal para o meu tipo f�sico avantajado.

�s vezes at� deveria pensar em me cuidar mais, mas a correria � tanta, a vida � t�o curta, e eu sou t�o pregui�osa pra fazer exerc�cios, que com certeza tenho mais o que fazer! E eu garanto: com certeza eu tenho conte�do!!! (Duplo sentido! hehehehe)

Queria encontrar mais roupas com mais facilidade, viu!?
Leitura � toa de um domingo de pregui�a... Mas � verdade!
vocé tamb�m n�o acha?

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12.4.07

T� com fome!

Tenho fome e trabalho em casa.
Sou solteira e tenho m�e pra fazer almo�o.
TUDO PERFEITO!

Maaaas, tem gente que n�o tem toda essa sorte e ainda por cima � estagiário � portanto, ganha menos que uma merreca e precisa passar o m�s com o valinho-alimenta��o.

Como brasileiro � o máximo em criatividade, estes estagiários � ao que tudo indica de uma agência de publicidade � tiraram vantagem do sufoco que passam todo m�s e criaram um blog sobre como comer em São Paulo com menos de R$ 9,00 por dia. Eu disse: NOVE reais!

Adorei o blog � de super bom humor e bom gosto. Acesse pra conhecer: www.vale9conto.com.br

(Dica: se estiver com fome, veja depois de mat�-la! As fotos abrem o apetite!)

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11.4.07

Semana estranha

- Chocolate demais;
- Dinheiro de menos;
- Revis�o de carro;
- Trabalho demasiado;
- Dores musculares;
- Estafa e amigos;
- Muitas coisas pra fazer ao mesmo tempo;
- Tempo curto e mal aproveitado;
- Bebedeira em plena segunda-feira.

Realmente tenho N motivos para deixar esse post de "Feliz P�scoa" a� debaixo at� hoje como o "top" da semana.

Escass�ssimo o tempo para relax, para escrever, para fazer algo al�m de dormir...
Mas a vida � assim: a gente vai levando! E com um sorriso no rosto! SEMPRE!

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20.3.07

Pra quê?


No Cervejarium, um barzinho muito legal da cidade, há vários quadros de época como esse — todos relacionados à cerveja, é claro — e, estando por lá hoje para um happy hour tranquilo e pensando nas conversas que ouvi, lembrei dessa imagem que tinha guardada: às vezes realmente me pergunto por que a gente namora.

Por que pensamos que precisamos de alguém? As pessoas às vezes nos magoam, mas se a gente não ama, é mais fácil superar. Quando não dá para fazer mais do que isso, eu fico emburrado!

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8.3.07

Dia Internacional da Mulher

8 DE MARÇO - É isso mesmo! E como muitas vezes ser multitarefas faz com que a gente não tenha tempo para nada, o Dia Internacional da Mulher relembra que a mulher é imprescindível, linda e necessária e que deve ser paparicada, para ela mesma não se esquecer que tem seu lado frágil.

Não necessariamente é real o que disse acima, já que somos todos iguais e defendo os direitos iguais com unhas e dentes. Mas às vezes sinto falta de ser sustentada, de ser mimada, de receber flores... O dia de hoje lembra que a MULHER é importante e tem que ser valorizada!

Mas tá difícil... A gente se tornou tão independente, tão bem resolvida, tão pronta para tudo, que os homens (chefes, pais, amigos, namorados) às vezes se mostram bem acomodados: tão mais fácil ter quem faça do que ter que resolver alguma coisa... Falo por experiência própria! E pior é não receber nem reconhecimento!

Depois, fazem esse dia especial para a gente, como se fôssemos diferentes dos homens e precisássemos de um dia (digo o mesmo para o Dia da Consciência Negra) para sermos reconhecidas. E pior que nem assim!

Temos que ser tão multitarefas porque temos que ser autossuficientes muitas vezes! Nossa! Não estou MESMO nos meus melhores dias! Mas, minhas amigas: Feliz Dia Internacional da Mulher – se isso faz com que se sintam melhores mulheres!

 

O livro "As Origens e a Comemoração do Dia Internacional das Mulheres" de Ana Isabel Alvarez González, lançado durante a 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, desvenda a história do 8 de março. A autora explora as origens do Dia Internacional das Mulheres no movimento socialista do século XIX e início do XX, desmistificando a relação com o incêndio na fábrica nos EUA. A obra resgata a importância da data para a luta feminina e convida à reflexão sobre os desafios atuais.
Clique aqui - https://amzn.to/3BqJCnN


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6.3.07

Licen�a para gostar


Marta G�es, jornalista e escritora, escreveu um �timo artigo na edi��o de fevereiro da Revista Bravo. Alguns trechos:

�... Um jornalista influente, assistindo a uma pe�a de teatro pergunta, com alguma ansiedade a sua editora, sentada na fileira em frente: �N�s estamos gostando?�. A história fazia parte do folclore das reda��es, nos anos 90. Acreditava-se ingenuamente, que o mecanismo de copiar-impor opini�o era a caricatura perfeita daqueles dois. Mas a piada nada tinha de exclusiva, dura at� hoje e funciona bem em todos os territ�rios porque reproduz uma situa��o universal. Com olhos mais c�nicos � ou apenas mais bem treinados � pergunta-se hoje, casualmente, �nós somos a favor?�. Seja de transg�nicos, de Paulo Coelho, de Big Brother ou de qualquer desses temas que dividem opini�es. � a senha para indicar que se pretende adotar, por conveniência, uma postura, ou melhor, impostura, que facilite a vida naquela circunstência. Gostar errado pode arranhar a imagem e reavivar atritos desnecess�rios.
(...)
Os códigos s�o conhecidos. Trata-se de n�o destoar. O clichá das pessoas que l�em Caras �no cabeleireiro� e que viram cenas de novela das seis �por acaso, quando estavam passando pela sala� � apenas a ponta mais vis�vel desse iceberg. A maioria esconde suas preferências com medo de maldi��o. Se a lista n�o tiver mudado, � permitido gostar, por enquanto, de jardins minimalistas, de casas clean, de mulheres magras, de sabores ex�ticos, de exerc�cio f�sico, de cabelos lisos, de sand�lias havaianas. Pelo menos enquanto elas forem vistas em lugares caros (como informar, com uma sand�lia baratinha, que vocé tem dinheiro? E sem dinheiro vai ser difícel saber se podem gostar de vocé).
(...)
Na hierarquia do que � permitido gostar, a simplicidade � alvo de grandes desconfian�as. Clareza, precisão, come�o, meio e fim podem ser confundidos com pobreza e obviedade.�

O artigo � b�rbaro � como todos os outros que ela publica todo m�s na revista �: nos faz pensar nessas exigências da sociedade em se adaptar � moda, em ter que ser aceito sendo um igual aos demais. E li esse artigo s� depois de ter ido ao banco na sexta-feira fechar uma opera��o de c�mbio: pra ser bem tratada, vesti terninho, coloquei salto alto � eu, uma pessoa que vive de chinelo e camiseta e que n�o se preocupa nem um pouco com a aparência (salvo quando quero ser perua! Mas isso � um estado de esp�rito). Verdade, verdadeira: fui bem tratada. E essa estrat�gia veio depois de eu querer comprar um carro � vista e, por estar de bermuda e camiseta, quase que a vendedora riu da minha cara...

Sem contar as vezes que vocé gosta do que a m�dia te faz gostar: eu n�o via Big Brother porque acho rid�culo mas, todo mundo fala disso e eu me sentia por fora dos assuntos... O que � que eu fiz? Comecei a assistir!

Realmente, na prítica, � muito difícel ser aut�ntico sem ficar parecendo um ser de outro planeta ou uma pessoa que realmente n�o se encaixa. Citando a cita��o da própria Marta G�es no artigo, �� bom que exista de tudo, mas podem deixar que a gente mesmo escolhe�, disse Nina Horta.

Escolher, eu at� escolho, mas nem sempre vocé consegue fazer o que quer sem ter que se adaptar � e olha que eu costumo ser firme nas minhas decis�es. Na maioria das vezes, isso � uma chatice, viu!?

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